terça-feira, 18 de agosto de 2015

Dia #9 Caldas de Reis-Padrón

Com a experiência do dia anterior, de chegarmos demasiado cedo ao albergue, definimos o alarme para as 6h, dando-nos mais uma hora de sono. Pelas 6h40 estávamos a começar a caminhada, em direção a Padrón.

Hoje a chuva apareceu logo de manhã, tive de pegar no poncho e cobrir-me, e à mochila, com ele. Uma vez que também estava escuro, tive de andar com o frontal a iluminar-me o caminho até pelo menos às 7h30. Logo à saída do albergue, quando estávamos a começar a caminhar, algo inesperado: a Marta disse que iria ficar e que seguiria com uns espanhóis. Aparentemente começava a sentir-se frustrada por não falar espanhol entanto estava connosco, algo que achei um pouco estranho, mas aceitei.

Paramos no primeiro café que apareceu, com 5km no GPS e a marcar a primeira hora de caminhada. Todos comemos coisas diferentes, e eu experimentei algo bastante bom, embora já tenha comido antes, que foi uma "tortilha francesa" no pão com queijo e fiambre. Aparentemente, a tortilha verdadeira, a espanhola, leva batata e a francesa são apenas ovos. Com um pão ótimo, fresco, o pequeno almoço soube mesmo bem. Na parede do café, com uma imagem ilustrativa, um aviso para o caminho: "O camelo é o animal que bebe menos água. Não sejas um camelo!"

Com isto na cabeça, seguimos o nosso caminho. À semelhança de ontem, foi nesta altura que peguei na minha máquina e comecei a tirar fotos ao percurso realizado. Hoje, para além do percurso no bosque, passámos por verdadeira estrada romana, onde caía para os lado, de forma a evitar ter água na zona central.

Quando chegamos a Padrón, sem sabermos bem onde estávamos, fomos primeiro a um supermercado e só depois descobrimos o caminho para o albergue. Uma vez que ontem chegamos demasiado cedo ao albergue, hoje decidimos acordar um pouco mais tarde e chegamos uma hora antes de abrir, que, entre conversa e passeio por aquela zona, passou bastante rápido. O albergue é um edifício antigo, feito de pedra e paredes grossas, com jardim. As camas são beliches, como em todos os albergues, mas estes são 4 beliches juntos, em forma de retângulo, feitos de madeira.

Saindo pouco depois para ir almoçar, experimentamos depois os Pimentos Padrón. Uma boa experiência, que penso que nunca tinha experimentado antes. Supostamente, aparecer um que seja picante é aleatório, pelo que na travessa que veio para nós, entre uns 40, apenas 3 foram picantes. O primeiro a comer um picante foi o Dan, logo o primeiro que tirou. Depois disso ficou com medo de comer mais, mas com alguma persistência, lá conseguimos convencê-lo. A seguir calhou-me um a mim. Não era nada insuportável, apenas se sentia a garganta a queimar um pouco. A Lexie ficou com o último, mas disse que já estava habituada a comida picante, pelo que não teve grande problema. Ao Rui, que tanto queria experimentar como seriam os picantes, não lhe calhou nenhum.

Fui depois tomar banho, pegar na roupa que já estava seca e lavar o resto. Entre tudo isso, à procura de uma ficha tripla para ligar a corrente, tirei tudo da mochila e fiz uma grande confusão ao lado da minha cama. Infelizmente, parece que perdi a ficha tripla e o carregador com três saídas USB que lá estava. Depois da roupa e do banho, já era tarde, só deu para arrumar a mochila e deixá-la preparada para amanhã.

Por ser a última noite antes de Santiago, decidimos fazer um jantar diferente: compramos pão, queijo, chouriço, batata frita e uns doces e fizemos o nosso jantar. A Lexie fez uma pasta com ervilhas, que se punha no pão e ficava ótimo.

A etapa de amanhã será a última, um último esforço antes do grande triunfo de chegar a Santiago de Compostela.


PS: os últimos três dias não consegui colocá-los online por falta de Wi-Fi, em Espanha.

1 comentário:

  1. Esta etapa acaba em Padron e não em Pontevedra. Altera o cabeçalho. Força, hoje vais chegar a Santiago de Compostela aproveita o máximo. À noite vai ver as tunas em frente à catedral.

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