domingo, 16 de abril de 2017

Um ano de Run4Excellence


O projeto Run4Excellence conta já com alguns anos de existência. Soube inicialmente do que se tratava quando treinava no Centro de Marcha e Corrida do Porto, onde os técnicos Sofia e Federico (não Frederico, é italiano) também integravam o projeto. A minha paixão pelo corrida foi crescendo com os treinos e os resultados que se iam demonstrando. Na altura tive intenções de começar a correr mais, evoluir mais, para isso seria aconselhável ter alguém responsável pela parte dos treinos, alguém que tenha estudado com esse intuito.

A minha primeira experiência com o projeto, integrado no sub-projeto Run2Improve, correu bastante bem e senti uma grande evolução nos meus treinos. Os motivos de saída da primeira vez já os expliquei, na minha conclusão do ano 2015, tratando-se essencialmente de motivos motivação.

No Natal de 2015 decidi que queria voltar para o treino, após um período parado com a corrida. Uma vez que desenvolvi uma lesão nessa altura, apenas comecei realmente o treino em Março de 2016. Com o treino de força que fui fazendo durante o período de recuperação, permitiu-me fazer a Corrida do Dia do Pai ao fim de apenas 2 semanas de treino, a sentir-me muito bem.

Uma vez que estava em período de recuperação de ritmo, voltar ao que já tinha sido e ainda evoluir mais, não me foquei tanto em provas, mas sim mais em treino. Realizei em Maio o Trail Ibérico e a Wings for Life em dois dias seguidos, a primeira a dar o meu melhor e a segunda em modo recreativo.

Quando chegou a altura da minha prova de eleição, a Lisbon Eco Marathon, sentia que estava em forma, em melhor forma que no ano passado, e com bom potencial para ter uma grande prestação. Tal como mencionei na conclusão de 2016, tal não se observou, mas demonstrou que o treino realizado tinha dado os seus frutos, ao ponto de evoluir bastante o meu nível de corrida.

Passado um mês dessa prova, fiz os 30km de Santa Justa. Foi a minha primeira experiência com este tipo de distância. Na altura andava a fazer campos de férias, pelo que acordava às 5h30 para treinar, fazia o dia todo de Campos e ao final do dia apenas chegava a casa para tomar banho, comer e ir dormir. Ainda assim, esse tipo de treino permitiu-me ter uma grande prestação nos 30km, atingindo um incrível 12o lugar na geral e 1o sub23.

Continuando os treinos, sabia quis eram os meus objetivos para o final do verão: meia maratona no início de Outubro é uma corrida de 10km passado duas semanas. Há uns tempos tinha estabelecido como objetivo acompanhar um amigo é grande atleta Kim Lopes na sua prestação em Ovar, tentando melhorar a minha marca com uma maior motivação. Infelizmente na altura o Kim estava a recuperar de uma lesão e eu acabei por não ir a Ovar fazer a prova, ficando por Lisboa no mesmo dia. O dia da prova não correu da melhor maneira, como pode ser lido aqui, mas a verdade é que corri 19km a um ritmo médio de 3'37''/km, um feito incrível, que espero conseguir um dia passar para a prova, na íntegra.

Em rescaldo, especialmente psicológico, da Meia Maratona, o treino continuou para outra prova de eleição do ano: Corrida Montepio. 10km absolutamente planos na marginal do rio, entre o Rossio, a antiga FIL e voltar pelo mesmo caminho até à Praça do Comércio. Não foi das minhas melhores prestações, por motivos de má gestão de esforço e condições meteorológicas. A minha experiência pode ser lida aqui, mas o que gostaria de salientar é o facto de, na verdade, ter corrido 3 quilómetros a 3'20''/km, ter "abafado" até cerca do km 7 e ainda assim ter sido capaz de acabar a prova com um tempo cerca de 10 segundos abaixo dos 35min.

Depois desta prova abrandei um pouco o ritmo, especialmente por ter contraído uma pequena lesão na parte interna do tornozelo. Ainda assim fui fazer uma prova de trail em Novembro, o Trail Amigos da Montanha, onde fui capaz de controlar muito bem a lesão e acabar com uma melhor prestação que alguma vez tive.

A minha motivação para a corrida abrandou um pouco nesta altura, especialmente por motivos de estudo de final de semestre, que começou com alguns exames em Dezembro e continuou depois das férias do Natal, até ao final de Janeiro, altura em que corri o Grande Prémio Fim da Europa. A prestação em prova não foi grande coisa, muito provocado pela minha falta de treino nas semanas que antecederam a prova.


Os treinos contam com uma metodologia com a qual me adaptei muito bem. Acima de tudo, valoriza a Qualidade à Quantidade. Desde sempre apenas treinei 5 vezes por semana, contando frequentemente com sugestões para treino de reforço muscular e treino de grupo ao sábado, para um melhor acompanhamento de questões técnicas e de postura, bem como convívio entre atletas.


Nas últimas semanas o treino tem reduzido bastante. Especialmente provocado por falta de tempo entre estudo e realização de estágio em simultâneo. Por esse motivo apenas, ao fim de 12 meses de plano de treino, decidi interromper o treino. 

Este testemunho visa demonstrar a minha experiência e, especialmente, que o treino prescrito, regular e acompanhado permitiu-me evoluir para patamares que não julguei ser possível em tão curto espaço de tempo.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Março 2017

Março começou de maneira um pouco diferente. Com a acumulação de horas de estágio em simultâneo com as aulas, e com a realização do mesmo aos sábados, optei por cancelar o plano de treino de corrida. O facto de ter estágio ao sábado impedia-me de ir ao Porto até ao final do ano, pelo que não usufruiria do treino no seu pleno, para além de que durante a semana também é sempre incerto a minha disponibilidade para treinar.

Tinha vindo a aperceber-me desta situação há uns tempos, mas foi na primeira semana de Março que tomei a decisão final. Na primeira semana do mês acabei por não treinar, até ao fim de semana. Quando finalmente treinei, fiz algo que gosto muito: aproveitei boleia do meu pai que tinha de ir a Lisboa, e corri desde Algés até casa. O motivo que gosto tanto destes treinos, de Lisboa até ao Estoril, é que, para além de realizar o treino que normalmente realizaria, em vez de ficar apenas limitado ao tempo do treino, acrescenta o fator de ter um objetivo, estar a ir concretamente para um destino final.

Na semana seguinte fiz uma nova experiência que também gostei bastante: fartlek training. A definição de fartlek, diferente de treino intervalado, é diversão. Portanto, um treino de fartlek foca-se em fazer períodos de aceleração “divertidos”. Na altura andava um pouco em baixo psicologicamente e fui treinar já eram 22h. Ao longo de todo o treino nunca olhei para o relógio para consultar ritmo, tempo, ou distância. Quando me apetecia acelerava, fosse no plano, a subir ou a descer. Acabei por fazer um treino que normalmente seria de domingo, um treino longo, com boas sensações, talvez especialmente por não estar preocupado com nada a não ser correr.

No resto da semana acabei por não treinar mais nada de especial, tendo feito um pouco de bicicleta no fim de semana, como meio de transporte e reconhecimento para um trabalho da faculdade. Tal como aconteceu na semana seguinte, semana que antecedeu o Trilhos do Paleozóico, em que apenas treinei uma vez.

Quando chegou o fim de semana da prova, por motivos de estágio, fui forçado a fazer algo que nunca antes tinha feito: ir para o Porto apenas no sábado à noite. Durante o dia de sábado, desde as 8h até as 18h estive em estágio, sendo que assim que acabou apanhei um comboio para o Porto. Cheguei a casa pelas 23h, no dia seguinte acordei às 7h30, fui correr e ao final da tarde de domingo estava de volta para Lisboa.

Esta prova ditou a minha última corrida do mês de Março. Com um entorse no tornozelo, nos primeiros dias ainda andei a antibiótico e canadianas/moletas, mas o impedimento de realizar qualquer atividade com impacto manteve-se até ao final do mês.

Portanto, com um novo recorde baixo, em Março apenas corri 5 vezes:
  • 72.8km
  • 5 123 kcal queimadas em corrida
  • 55 934 passos a correr
  • 5h46min passados a correr
  • 173 bpm médios
  • 12.6 km/h de média (4’46’’/km)

Atividades de corrida: