sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Dia #5 Rubiães-Valença

O dia começou às 5h, acordamos com o despertador de outras pessoas e como tinhamos planeado acordar pelas 5h20, decidimos ficar já de pé. Depois de arrumarmos as coisas todas, fizemo-nos ao caminho, devagarinho, que o meu pai estava muito mal dos pés. Passado 1 horas, mas com apenas 3.5km, apareceu o primeiro café. Enquanto comia alguma coisa tornou-se óbvio que ficaríamos por ali mais tempo que inicialmente esperava, o meu pai estava em bastante sofrimento pelas bolhas nos pés.

Ao fim de uma hora no café, começou a falar-se da possibilidade de o meu pai desistir do Caminho, tinha criado bolhas novas nos calcanhares e não conseguia mesmo andar, sofria muito em cada passada. Falando com as pessoas do café, descobrimos que havia uma autocarro que passaria por ali com direção a Valência. Quem sofria também muito e decidiu ficar foi a Cristina, do casal de Sintra que nos tinha vindo a fazer companhia desde Vairão. Portanto, até Valença, segui com sozinho com o Adelino.

Logo a saída do café enganamo-nos, íamos lançados, com bom ritmo, para tentar recuperar algum tempo perdido, começamos a descer a estrada nacional e só nos apercebemos do nosso erro ao fim de uns 500 metros, quando uma outra peregrina também estava a voltar para trás por não ver setas amarelas há bastante tempo. Voltando atrás e retomando o caminho correto, voltou a ser pelo meio do mato, com descidas complicadas, mas com uma beleza incrível.

A chuva apareceu, com força e durante bastante tempo. Embora já anteriormente fosse havendo uns períodos de chuviscos, quando começou, e durante umas duas horas, caiu forte. Tendo já previsto uma eventual chuva, tínhamos comprado uns ponches impermeáveis, que permitissem proteger não só o corpo mas também a mochila. Assim, todo caminho de ontem foi feito com o ponche vestido.

Chegando a Valença, eu e o Adelino continuamos a seguir as setas e as indicações para o Albergue. No entanto, quando entramos no forte passamos por uma rua com lojas e cheia de vida de turistas, pelo que se tornou mais difícil de seguir as setas e, quando nos apercebemos, já tínhamos saído do forte e estávamos a chegar à ponte que ligava a Tui. Depois de nos apercebermos do nosso erro, voltamos para trás e fomos ter com o meu pai e a Cristina a um café, que entretanto também chegaram a Valença. Depois de comer e recuperar um pouco, fomos registarmo-nos todos no albergue, onde acabei por ficar a tarde toda, entre tirar as fotos da máquina e arrumar as mochila, que acabei por ficar com a do meu pai.

Sigo, a partir de Valença e até Santiago, com o Rui, português de Lisboa, e a Marta, de Barcelona, sendo que o Adelino decidiu que também voltaria com a mulher,.

Entre todas estas coisas, não tive oportunidade de escrever sobre o meu dia de ontem, daí que só escreva hoje.

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