quarta-feira, 11 de maio de 2016

Wings for Life 2016

Correr por aqueles que não podem e financiar a pesquisa da cura de lesões na espinal medula. Este foi o meu 2º ano a paticipar, na 3ª vez que a prova é realizada. É uma prova com um conceito diferente: em vez de termos uma distância definida e corrermos um percurso até à meta, a meta é um carro que vem na na nossa direção e temos de “fugir” o máximo possível. O carro meta parte meia hora depoios da corrida começar e começa a 15km/h, uma hora depois passa para 16km/h, uma hora depois para 17km/h, duas horaas depois para 20km/h e duas horas depois vai para a velocidade máxima de 35km/h.
O ano passado corri pela Synergie, que, numa ação de marketing, financiou a inscrição a cerca de 40 pessoas. Corri 33km em mais de 2h30, sendo que os ultimos km’s foram feitos a muito custo, com muito esforço e bastante devagar. Para além da duas maratonas que fiz com 16 anos, foi a maior distância que fiz a correr sem parar, mas não o maior tempoo a correr, essa prova foi o Trail da Raposa onde fiz 26km em 3h30.
Este ano corri pela minha equipa de trail, Gaia Trail, que decidimos realizar a prova para mostrar o nosso suporte e correr por aqueles que não podem.
Com a Taça Ibérica de Trail ainda bem presente nas pernas, esta prova era um momento de brincadeira e de aproveitar para estar a correr com vários amigos da corrida, sabendo já que não iria correr o máximo possível, mas apenas 10km.
A partida foi na Casa da Música e começava a descer a Avenida da Boavista. Uma vez que tinha de ir ter com os meus colegas para me passarem o dorsal, cheguei lá às 11h, uma hora antes de começar. O bloco de partida abriu às 11h20 e, apesar de nãao ter nenhum objetivo para esta corrida, não gosto de partir atrás no meio da confusão, pelo que fui logo para a partida e estive lá com vários amigos até à partida. Enquanto esperavamos para a hora de partida, tanto apanhavamos chuva e ficavamos com frio, com a seguir o sol aparecia e ficava bastante calor. Cerca de 5min antes de começar, começou a chuva bastante e ficou muito frio, mas felizmente não durou muito tempo.
Assim que partimos a parte mais chata é ter de passar os VIP’s mais lentos que partem à frente. Isto só acontnece em Portugal, quem não corre nada vai para a frente incomodar aqueles que querem andar. Quando me livrei da massa de pessoas e conseguia ver os atletas à frente, reparei que o grupo da frente não estava muito longe. Uma vez que se trata de uma prova de endurance, não partem muito rápido pois sabem aquilo que têm pela frente.
Estava ali para brincar, por isso acelerei um pouco até os apanhar. Apanhado mais um colega de equipa que tinha partido com este grupo, decidi abusar, gozar um pouco com a situação: acelerei que nem um maluco e ganhei mais de 100 metros do grupo da frente, estava em 1ºlugar!
O sprint não foi dificil, até porque estávamos a descer a Avenida, depois foi apenas uma questão de manter e brincar com a situação. Cheguei a tirar o telemóvel e filmar, o registo online chegou a mostrar-me em 1º lugar em Portugal, a câmara e as bicicletas estavam a acompanhar-me,...não conseguia conter o sorriso de alegria, estava mesmo a divertir-me. Ainda com o telemóvel na mão, filmei os atletas enquanto eles passavam por mim e recuperavam a posição que era claramente deles e não minha. Depois disso, ainda brinquei mais um pouco, enquanto decidi parar e esperar pela 1ª mulher e correr um pouco com esse grupo.
A brincadeira de acelerar claramente tinha deixado marca nas pernas, tendo em conta que já estava com bastantes dores do dia anterior e o sprint para ganhar alguma distância foi um pouco puxado. Ainda assim fui-me mantendo com alguns amigos, tirando algumas fotos e filmando com o telemovel.
Chegado aos 10km, parei. Tinha cumprido aquilo a que me tinha proposto, já sentia bastantes dores nas pernas. Mas o carro meta ainda demoraria, portanto...vou brincar e divertir-me um pouco mais! Comecei a andar para trás, a um ritmo muito lento, apanhando vários atletas que conhecia, e desejando boa sorte a todos os outros. Com o telemovel, ainda fui tirando várias fotos com vários atletas, por vezes tendo de correr a acompanha-los, mas principalmente ficando a espera que passassem ao meu lado.
Fui andando para trás em direção ao Edifício Transparente, onde estava a base de operações da prova, onde estaria a minha mochila com as minhas coisas todas. Sabia que pelo caminho havia de passar o Carro Meta por mim para finalizar oficialmente a minha participação. Assim que o vi, tive mais uma ideia para me divertir um pouco: correr ao lado do carro. Com o telemóvel a filmar, corri durante um pouco a acompanhar o carro, num ambiente que me fazia sentir feliz e me fazia rir às gargalhadas, estava mesmo a divertir-me, uma vez que tinha ido ali sem objetivo de correr.
Eu tinha feito 10km em 41min. Mas uma vez que voltei para trás, o na altura em que o Carro Meta me apanhou, registou que eu tinha realizado 7,83km, tendo tido para isso cerca de 1 hora para fazer.


Atividade 10km: Garmin Connect
Pós corrida, a voltar: Garmin Connect

Fotos disponíveis no meu albúm do Facebook.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Taça Ibérica de Trail

Depois de mais de 6 meses sem fazer provas e estar finalmente a correr depois de uma lesão que me forçou a parar durante dois meses seguidos, foi altura de finalmente fazer uma prova, e não há nada melhor que voltar com uma prova de trail. A Taça Ibérica realizou-se em Cerveira e compriendia as distâncias curta de 21km e ultra de 50km.
Sabia que não estava nem estou ainda na minha melhor forma física, mas ainda assim tive vontade de fazer uma prova de trail, na companhia de mais 3 colegas de equipa. Fomos todos juntos e até ao momento de partida assim nos mantivemos, podia ser que com alguma sorte e bastante esforço ainnda conseguissemos ganhar alguma coisa por equipas.














A prova começou às 9h08, uma vez que tinha de dar um avanço de 1 hora à ultra. No início da prova destaquei-me e parti à frente com todos os “prós”, que claramente correm melhor e mais que eu, pelo menos para já. Com uma voltinha pela Vila antes de começar a subir, fiz esse primeiro quilómetro bastante rápido, mas com a clara mentalidade que teria de me gerir melhor para o resto da prova.
Mal saímos da estrada para o monte começou a subir, e bem. Mesmo sendo a primeira subida e tendo ainda força, decidi não puxar por mim e não me esforçar, pelo que fiz a subida a andar, tal como todos os outros atletas. Ao fim de pouco tempo ficou claro que estava com fadiga muscular, sentia os músculos cansados e a não responder como melhor gostaria. Foi durante essa subida que o Carlos da minha equipa me passou, era o único maluco a correr numa subida com aquele nível de inclinação.
Acaba a subida e o descanso não foii muito longo. Uma pequena descida acentuada também não permite ganhar muita velocidade e chega a cansar mais o travar o corpo que a subiida. Nessa descida passei eu o Carlos, parece que a prova para ele acabou ali, uma lesão ainda não totalmente recuperada não o permitiu continuar a correr.
Depois da curta descida, mais uma subida. Esta começou menos acentuada, mas rapidamente ficou bastante dura. Foi curta, porém, com uma descida logo a seguir, mantendo o esforço elevado. Foi nesta altura que as subidas se começaram a revelar o meu problema, rapidamente fiquei sem força para qualquer tipo de inclinação, por mais ligeira que fosse. No plano e ligeiras descidas já não tinha esse problema e facilmente recuperava algum do tempo perdido nas subidas.
O km 7 apresentou a subida mais agressiva, foram quase 20 minutos sem parar sempre a subir. Uma ligeira dor de costas já não me permitia inclinar tanto o corpo e auxiliar as pernas com os braços. Associado a isso, os músculos dos gémeos e solear ardiam-me tanto que receava ter desenvolvido uma lesão. A subida foi feita a grande custo e muito lenta, até ao ponto em que estávamos ao nível das ventoinhas eólicas, onde uma neblina e um vento forte fazia sentir um frio muito agressivo. Solução: correr!
Os km’s seguintes foram de descanso para os músculos, estava num patamar onde me sinto muito mais à vontade, a descer ligeiramente e plano. Depois de vários km’s com ritmos na ordem dos 12 minutos até aos 18, consegui correr dois seguidos com médias de cerca de 4’10’’/km, uma grande melhoria.
Mas esta prova não foi feita para ser fácil e pouco depois voltou a aparecer mais uma subida. Mais caminhada, a ritmos de 15’/km, com as dores musculares a aumentar a cada passo. Já não puxava por mim, já não tentava ganhar o tempo perdido, apenas tentava continuar a andar para a frente, sem qualquer força.
Nos últimos km’s fui apanhado por outro colega de equipa, o Nuno. Andamos juntos durante cerca de um km, ainda nos perdemos uns 200 metros, distraídos e cansados, em mais uma subida. Consegui fugir-lhe um pouco a seguir, quando o terreno nivelava um pouco e até descia. Mas as pernas já doiam que o ato de ter de travar o corpo a descer já não me permitia correr a ritmos minimamente semelhantes aos de antes, chegando ao limite de ter de fazer uma descida não muito acentuada a andar.
Quase a acabar, já não era uma subida, era uma escalada. Tinham-me avisado que no final haveria uma pequena subida, de cerca de 200 metros, mas isto era ridículo, implicava escalar no meio de rochas. Foi aqui que o Nuno me voltou a passar e nunca mais o apanheiate ao fim.
Ainda antes de voltar à Vila, uma descida longa mas pouco acentuada massacrou-me bastante. Os músculos já não aguentavam e ardiam imenso, já não tinha confiança para correr ou “voar” nas descidas, com receio dos músculos não aguentarem e simplesmente cair.
Com muito esforço lá fui andando até começar a reconhecer alguns locais onde já tinha passado, estava de volta ao princípio e perto da meta. Com algum esforço fui correndo, entrei na Vila a fazer o percurso de antes no sentido contrário.

A prova era bastante difícil, com cerca de 1500mts de desnível positivo. Pelo que um atleta me disse a meio da prova, é a única prova nacional  de distância curta classificada como nível IV, que revela o nível de dificuldade da prova.

Cruzei a meta com 2h30min, numa distância de 20,5km. Média final: 7’21’’/km.
Classificação final 47º lugar.

Da minha equipa: Nuno Maia em 44º e Paulo Amadeu em 97º.

Registo: Garmin Connect